Por que seguimos padrões familiares mesmo sem querer?
Todo ser humano nasce com a necessidade de pertencimento, assim como os instintos, o sentido de pertencimento está ligado à sobrevivência. Essa necessidade de pertencer fará com que, na infância, a pessoa se comporte, pense e aja igual aos seus familiares, não só por aprendizagem, mas também por lealdade. Mais tarde, já adulto, por mais que ele entenda que determinadas atitudes são negativas, não consegue mudar facilmente porque ainda persiste o medo de ser excluído do grupo. Veja a seguir como mudar sem culpa.

O que são padrões negativos na família?
Padrões negativos são todas as crenças passadas de geração em geração. Essas crenças provocam comportamentos que trazem dor e sofrimento e, na maioria das vezes, são repetidas de forma inconsciente.
Não existem culpados na repetição de padrões negativos, existem apenas pessoas que não se deram conta de que poderiam fazer diferente, sem a culpa de se sentir violando a lei do pertencimento.

Como sair dos padrões negativos sem culpa?
Geralmente, quando a pessoa percebe que a família tem muitas crenças negativas sobre relacionamentos, dinheiro, comportamentos ríspido ou até mesmo casos mais graves como agressões físicas ou verbais, abusos, extorsões, etc., e ela mesma pensa diferente, a primeira necessidade é de se afastar, ir para longe, porém ir embora não corta o vínculo familiar. Onde quer que a pessoa esteja, aquilo que faz parte da sua família de origem irá junto e em algum momento vai se manifestar.
Mas, como tudo na vida, esta saída de padrões negativos também tem solução.

06 ações para sair de padrões familiares negativos
1- Ampliar a consciência – Amplie o seu conhecimento sobre a ancestralidade, a história de vida da sua família traz entendimento de muitos comportamentos.

2- Aceite a sua história – A família faz muitas coisas “más” em nome do “bem”. Segredos, traições, desavenças são perpetuadas porque muitas vezes é a única forma encontrada de continuar pertencendo, seus avós fizeram isso, seus pais também, e se você não mudar a sua percepção, vai continuar repetindo também, pois tudo aquilo que é repudiado, nos persegue, aquele que é aceito, nos deixa em paz.

3- Mude a sua percepção – Para mudar a percepção é necessário tirar da situação e olhar para além dela. Quando olhar ao seu redor irá perceber que tudo o que acontece dentro de sua família está a serviço de um clã inteiro, de gerações atrás de gerações com o objetivo de continuar a vida, incluindo a sua.

4- Liberte-se das mágoas – Não existe certo e errado quando se trata de sobrevivência. Pense nas suas próprias atitudes. Se você carrega mágoa dos pais, qual padrão você ensinará aos seus filhos? A mudança nunca é sobre abandono, rixas e briga e sempre sobre reconciliação, aceitação. É como deixar uma mochila pesada, cheia de coisas inúteis, para seguir o caminho com mais leveza.

5- Aceite as suas sombras – Tudo aquilo que vemos de negativo na família é algo que precisa ser transformado em nós também. Lembre-se, você faz parte. Somente aceitando nosso lado negativo, sem nos colocarmos em posição de melhor ou pior, podemos tomar ações para a mudança.

6- Cuide da sua criança interior – Os padrões negativos vivenciados na infância deixam memórias de dor armazenadas em nosso corpo. Abandono, rejeição, humilhação, vergonha, culpa. Para ultrapassar esses sentimentos primeiro é preciso reconhecer que eles existem, para ser possível trocar por novas memórias positivas. A pessoa adulta que não cuida das suas dores, ainda está na posição de criança esperando que a mãe, o pai, faça isso.

Sair de padrões familiares negativos, não requer mudanças na família, requer uma mudança de percepção a partir de si mesmo, autoconhecimento, disciplina e muito amor.

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