“A pergunta básica em qualquer assessoria empresarial que trate de sucesso e fracasso é: de onde veio o dinheiro que possibilitou a fundação da empresa?
Foi dinheiro ganho pela própria pessoa?
Foi proveniente de uma herança?
Veio de outras pessoas envolvidas que, dessa forma, obtiveram uma participação na empresa?
Veio de um banco, em forma de crédito, ou veio de acionistas que, dessa maneira, esperavam obter uma participação nos lucros esperados?
Foi obtido de forma ilegal, por exemplo, por meio de trapaças, ou será que nos foi dado de bandeja, e nós apenas tivemos que pegá-lo?
Houve perdedores nesse ganho e o que aconteceu com eles?
Essa série de perguntas mostra que se trata de uma pergunta básica, que deve ser esclarecida e respondida para que se possa ajudar uma empresa.
O dinheiro possui uma dimensão espiritual. Ele reage como se tivesse uma alma e um faro fino para a justiça e a injustiça. Quer ficar com aqueles que o ganharam honestamente, com o suor de seu trabalho. Quer voltar para aqueles que trabalharam duro para obtê-lo ou para aqueles que o receberam de outros com a condição de administrá-lo e multiplicá-lo honestamente, a serviço da vida.
O dinheiro que outros ganharam para nós quer ficar conosco quando os recompensamos corretamente. Acima de tudo, uma vez que pertence à vida, o dinheiro quer ser gasto e
transmitido a serviço da vida. O dinheiro se alegra quando é gasto. Ele retorna ainda mais rico para nós.
São fantasias ou será que observamos isso constantemente em diversas empresas?
Por que os empresários às vezes cometem erros, os quais lhes custam recursos, que as pessoas de fora sacodem a cabeça sem entender? Nesses casos, a alma do dinheiro está no jogo.
É claro que essa referência à alma do dinheiro é uma metáfora. Nossa própria alma sabe e sente o que deve conservar e o que deve perder. O sucesso de uma empresa depende de que o dinheiro seja
colocado no lugar a que ele pertence.
Assim, em uma constelação, podemos ver imediatamente se o dinheiro quer permanecer ou se
quer ir. Também vemos para onde ele quer ir. Geralmente, a empresa quer ir para esse mesmo lugar…”
Texto retirado do livro Leis Sistêmicas de Bert Hellinger, páginas 33 e 34.