Existe um mito pairando por aí de que os pais precisam ser perfeitos para não traumatizar os filhos.

Você e eu bem sabemos que pais não são perfeitos. Eles são criaturas humanas tentando sobreviver, ser amado, amar, se realizar no trabalho, ter relações saudáveis, algum conforto e prazer, exatamente igual a todo mundo quer tenha filhos ou não.

Ao contrário do que parece, uma gravidez não é algo tão simples assim, pois envolve muitos medos, questões médicas, físicas, mudanças na estrutura familiar, tempo, dinheiro e a principal de todas: envolve amor.

Neste ponto eu quero dizer a você que amor não é aquilo que a mídia, os contos de fada e as fantasias dizem, dos felizes para sempre, do príncipe resgatando a princesa e da família que nunca tem conflitos. Quando um homem e uma mulher se unem para gerar uma nova vida, acolher esta vida durante nove meses dentro do corpo dessa mulher, acontecer o milagre do nascimento e em seguida cuidar para que esta vida vingue, todo esse processo só é possível através da força do amor. Já parou para pensar em quantas pessoas, nos dias de hoje, optam por não ter filhos?

Na visão sistêmica, especificamente quando falamos da terceira ordem do amor, que diz respeito à capacidade de tomar e dar nas relações, os filhos já saem devedores nessa conta. Então, como devolver aos pais todo o amor gerado no processo de nascimento? Como devolver aos pais a própria vida?

Para a nossa sorte a natureza é muito sábia e as leis sistêmicas também. A única lei que pode ficar em desequilíbrio é esta. Os filhos tomam e os pais dão. Aqui falamos de vida, alimento, cuidados e educação até o momento desse filho ir para a vida. O filho que teve tudo isso e continua fazendo exigências dos pais, perde a força dos seus ancestrais porque deixa de olhar para a vida e o futuro porque está olhando para um passado que já não existe.

Olhar para os pais com agradecimento pela própria vida, independente de como foi a educação, te coloca no lugar correto de filho e assim as energias benéficas que formam o seu sistema familiar pode chegar a você, sem barreiras.

A força da ancestralidade paterna diz respeito a:
– Respeito por si e pelos outros;
– Autoridade em ser quem você é e no que você acredita;
– Firmeza para cumprir e exigir e estabelecer limites;
– Motivação para buscar o que se quer;
– Ir para o mundo;
– Planejamento, estratégia, sociabilidade, confiança, entre outros.

A força da ancestralidade materna é:
– Concretização de projetos;
– Sucesso naquilo que se propõem;
– Criação e criatividade;
– Cuidado e nutrição;
– Virtudes e espiritualidade;
– Entre outros.

A pessoa que ainda está na espera de que os pais lhe supra algo que “faltou”, ainda está na papel da criança que espera, assim perde a oportunidade de viver sua própria vida com todo o seu potencial e fica a mercê de ciclos perpétuos de insatisfação e sofrimento. É muito claro que os pais não são perfeitos e também não são culpados pelas possíveis desavenças que estão acontecendo na sua vida atual. Cabe a cada um agradecer a vida, se tornar responsável pela sua própria felicidade e buscar recursos para fazer diferente com os seus próprios filhos.

A Constelação Familiar Sistêmica é um excelente recurso para expansão da consciência sobre os padrões negativos familiares que impactam negativamente as relações. A Constelação joga luz em situações que estão causando conflitos e traz informações valiosas para que você encontre o seu lugar de força dentro do seu sistema familiar, tornando possível o restabelecimento da ordem e o amor.

Se você já conhece a Constelação Familiar ou mesmo que ainda não e quer saber como funciona, te deixo o convite para participar de um dos grupos. Eles acontecem às segundas-feiras, quinzenalmente e você pode se candidatar para ser sorteado para realizar a sua constelação. Entre no site para obter todas as informações: www.institudosananda.org