Vou contar-lhes uma pequena história. Uma psicanalista tinha dois filhos com seu marido. Eles se separaram, e ela disse: “Ele não cuida nem um pouco dos filhos.” Perguntei a ela: “Você o respeita?” Ela disse: “Não.” Eu disse: “Exato, por isso ele não cuida dos filhos.”
Dois anos depois, encontrei-a novamente e perguntei: “Como estão as coisas?” Ela disse: “Ele saiu de férias com as crianças.” Esse é o começo da solução. Voltar ao primeiro amor, dar-lhe espaço novamente,
independente do que tenha havido. Só assim a criança pode ficar bem.
O pai rejeitado é uma grande perda para o filho, uma grande perda. Ela jogou o filho para o chão aqui. Vimos que o filho foi para trás, porque a mãe foi para trás ao invés de ir para frente.
Quero dizer mais uma coisa à mãe. Quando alguém está com raiva, às vezes, faço a pessoa dizer a seguinte frase: “O que fiz com você para ter tanta raiva de você?” Muitas vezes as coisas são exatamente o contrário do que se mostra. A reação dela aqui deixou óbvio. O pai dele estava muito mexido e cheio de amor.
Vou parar por aqui. Acho que trouxe à tona o essencial.
Bert Hellinger – Olhando para a alma das crianças