“… O marido ama a esposa e quer dar-lhe um presente. Por amá-lo também, ela o aceita de bom grado e, em consequência, sente necessidade de retribuir. Obedecendo a essa necessidade, presenteia por sua vez o marido e, para ficar em terreno seguro, dá um pouco mais do que recebeu. E porque deu com amor, ele aceita a oferta e, em troca, dá-lhe mais ainda.
Dessa forma, a consciência mantém um equilíbrio dinâmico e o relacionamento amoroso do casal se intensifica com o volume crescente do dar e receber.
Semelhante alegria não cai do céu, mas é resultado da vontade de incrementar o amor pelo dar e receber nos relacionamentos íntimos. Graças a esse intercâmbio em larga escala, sentimo-nos leves e livres, justos e contentes. Entre todas as formas de alcançar inocência nas trocas, esta é de longe a mais satisfatória…”
Bert Hellinger, em A Simetria Oculta do Amor.