Bert Hellinger em seu livro autobiográfico traz no Capítulo 20 “As Hostilidades” uma declaração sobre Hitler. Sophie sua esposa o alertou para possíveis más interpretações, ele porém, diz que seu texto é muito claro.
Ele considera Hitler um ser humano como ele, com pai, mãe e um destino especial. E ao considerá-lo, inclui a causa oculta que determina todos os seres humanos, e, com isso, não o absolve de culpa, deixa com ele a sua responsabilidade.
“… Se reconheço que você foi um ser humano como eu, então, olho para algo que dispõe de nós do mesmo modo, que é causa tanto sua quanto minha – e nosso fim. Como eu poderia me excluir dessa causa ao excluí-lo? Como eu poderia acusar essa causa e elevar-me acima dela ao acusá-lo?…”
Ele explica “… ao mesmo tempo escrevi o texto também para exortar as pessoas a se conscientizarem de seus próprios abismos. Do contrário, que sentido teriam os memoriais e monumentos que recordam o holocausto, se também não advertissem que um crime tão abominável contra o povo judeu nunca deve se repetir? E se advertem contra uma repetição do holocausto, então, isso significa que ainda há o temor de que os seres humanos possam cometer novamente tais atrocidades. Mas quem seriam esses seres humanos? …. aqueles que poderiam repetir o holocausto somos nós, os vivos. A advertência se faz a nós e aos lados sombrios de nossa alma, que devemos manter sob controle e dos quais temos de nos conscientizar….”